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Automação da iluminação contribui para eficiência energética

14 de dezembro de 2020

Vista até pouco tempo apenas como uma tendência, a automação residencial vai se firmando como solução real, e cada vez mais acessível para facilitar e dar comodidade ao dia a dia das pessoas. Os números no mercado brasileiro são reveladores: a taxa anual de crescimento de novos projetos chega a 35%, estima a Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside). Nesse cenário, a iluminação ganha destaque, sendo responsável por mais da metade dos projetos atuais.

O segmento de automação em iluminação conquista adeptos por inúmeras razões. Acompanha, primeiramente, a valorização do projeto luminotécnico. Se antes o padrão era entregar um imóvel com poucos pontos de luz, as construtoras estão agora atentas à demanda por customização, oferecendo mais opções ao consumidor. Em um ambiente relativamente pequeno você tem sete, oito, dez acionamentos de luz, quando antes tinha dois. E tudo isso para tornar o espaço mais apropriado às atividades que ali serão realizadas. A sala de jantar, por exemplo, é um ambiente múltiplo: serve para jantar, ver televisão, trabalhar, receber visitas. E a iluminação deve se ajustar a todas essas atividades.

A automação aparece, então, como ferramenta para controlar as ambientações possibilitadas pela iluminação artificial e ainda integrá-la a outros sistemas, como o de iluminação natural, climatização, segurança e até com os equipamentos de áudio e vídeo. A popularização dos smartphones e outros gadgets, gerando maior intimidade com as tecnologias, ajuda a acelerar a incorporação dos conceitos. Depois do encantamento com os recursos da iluminação o usuário descobre que pode controlar tudo por tablet ou smartphone, definindo previamente as cenas, a intensidade da luz; e ainda checar remotamente se as luzes estão acesas ou programar para que acendam em determinado período quando estiver fora, por questões de segurança.

Uma vez que adequamos a iluminação conforme a necessidade, melhoramos o conforto e a produtividade. Dia a dia, os arquitetos e as construtoras recorrem mais aos recursos da automação, até porque hoje eles estão muito mais disponíveis e amigáveis.

Fazer com que as funcionalidades da automação estejam a um toque do usuário (ou simplesmente sejam acionadas por sensores) demanda um conjunto de equipamentos especializados, que vão operar em conjunto. Para o transporte de dados entre os diversos dispositivos, há três possibilidades. A chamada rede powerline utiliza a própria rede elétrica existente para acionar os pontos de iluminação. É uma tecnologia com limitações, pois as instalações podem não estar estruturadas adequadamente, gerando erros na transmissão da informação. Mais comuns atualmente são as tecnologias que operam por cabeamentos dedicados e por radiofrequência.

A opção pelo cabeamento pressupõe a implantação de infraestrutura na residência ou no edifício, sendo, por isso, mais apropriada para edificações em construção. Já as tecnologias sem fio trabalham com o conceito de modularidade, dispensando obras específicas. Esses sistemas são muito úteis para situações de retrofit, pois evitam o quebra-quebra. Muitos dos lançamentos recentes na área de automação residencial têm a tecnologia wireless como base, numa aposta dos fabricantes para facilitar a adoção por novos usuários.

Os demais componentes do sistema vão depender da complexidade do projeto, assim como os custos. Entretanto, considerando as características básicas de um sistema de automação de iluminação doméstica, os especialistas relacionam a necessidade dos seguintes dispositivos: central de automação (no caso de sistemas como cabeamento dedicado), sensores, módulos (dimmer, relé, RGB etc.), replicadores de sinal e acionadores (pulsadores, interruptores ou painéis).

Cuidado especial deve ser dedicado à escolha de reatores e lâmpadas: LEDs, por exemplo, devem ser dimerizáveis. Outras fontes de luz eventualmente podem ter alguma restrição por acendimento frequente ou limite na regulagem da luz. Há sempre a necessidade de verificar todas as características técnicas para uma boa especificação e posterior desempenho.

Tão ou mais importante  quanto a especificação das tecnologias é contar com a consultoria de um integrador de sistemas residenciais, profissional com conhecimento técnico para projetar, implementar e dar manutenção na rede. Um dos desafios do segmento de automação é que os equipamentos de diferentes fabricantes em geral operam com linguagens diferentes, os chamados protocolos de informação. Compatibilizá-las significa garantir o bom funcionamento do conjunto. Outro resultado esperado do trabalho do profissional é o desenvolvimento de um projeto que seja ajustado ao estilo de vida dos usuários.

O ideal é pensar na automação residencial ainda na fase de projeto do edifício, já prevendo a infraestrutura necessária e analisando as funcionalidades que poderão ser adotadas pelos moradores.

Outro aspecto que não se pode perder de vista na automação residencial é a eficiência energética. A automação está conectada a sensores de presença, sensores de luz natural, temporizadores, regulagem (dimerização) de níveis de iluminação para os vários tipos de atividades, ou seja, a utilização da luz elétrica apenas quando, onde e pelo tempo necessário, não havendo desperdícios e economizando energia.

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